Cucumbi: o turismo rural no Alentejo que é uma obra de amor desta família inteira
Só serve refeições vegetarianas e é um pequeno paraíso na aldeia onde tudo é pensado para proteger a natureza.
Uma vez por ano, Catarina Francês viajava até à pequena aldeia do Barrancão, em Alcácer do Sal, para passar uns dias na herdade que o pai comprara em 2001. Já sabia ao que ia: a madrasta, firme vegetariana, servia uma ementa sem carne ou peixe. Ao prato, chegavam os vegetais biológicos da quinta.
O hábito entranhou-se e duas décadas depois, são raras as vezes que quebra o regime para dar espaço a uma ou outra sardinhada. Surpreendente foi também a decisão de ficar com a herdade, colocada à venda pelo seu pai em 2018. O marido fez a sugestão, o casal pensou ‘por que não?’ e acabaram juntos, em família, a criar o Cucumbi.
Foi lá que Catarina, de 49 anos, reuniu uma série de ambições, projetos e paixões. Mas acima de tudo, a propriedade de 110 hectares é hoje a casa de um turismo rural com nove alojamentos e que segue à risca um conceito de harmonia com a natureza.
“Nunca me imaginei a viver no campo, mas a partir daquele momento, com as ideias e o projeto pensado, foi um amor imediato”, confessa à NiT a lisboeta que dividiu a sua vida entre Portugal e Angola. Foi dessa ligação do casal a Angola que surgiu também o nome, inspirado na aldeia e no rio angolano.